2º Ato contra o PL do Estupro – Arquiva já!

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Na semana passada Lira, o atual presidente da Câmara dos Deputados, aprovou a urgência para votação do PL desumano contra meninas e mulheres em míseros 23 segundos. Esse é o tempo de uma votação que as mulheres desse país merecem para misóginos fascistas neoliberais. A votação na realidade foi ‘simbólica’, isso quer dizer quando não há registro de votos no painel da Câmara, ou seja, foi feita estrategicamente para ninguém ver.

Depois da repercussão das manifestações que as mulheres puxaram contra o PL 1904 que equipara aborto a homicídio, Lira anuncia que ficará para o 2º semestre a votação. Soaram-se aos ventos neste país gritos de “Fora Lira!”, e se agarrando em sua imagem e cargo empurra o debate para mais adiante. Para nós não basta adiar e sim arquivar esse que é um projeto de aniquilação da vida e futuro de meninas e mulheres.

Por isso atos estão sendo organizados pelo país, para garantirmos que nossa voz siga valendo, nossos direitos garantidos, que nossa luta siga fazendo efeito para ceifar já pela raiz os ataques contra mulheres.

“Nunca se esqueça que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes. Você terá que manter-se vigilante durante toda a sua vida.” – Simone de Beauvoir

Arquiva o PL do estupro!
Criança não é mãe!
Aborto Legal é um direito!
Nem presas nem mortas!

Ato nacional contra o PL do estupro – 14/06

O PL 1904/24 tem como objetivo punir meninas e mulheres vítimas de estupro!

Foi aprovada no dia 12 a urgência de tramitação do PL 1904 do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). O projeto de lei prevê até 20 anos de prisão para mulheres que realizarem o aborto após 22 semanas de gestação. Já para o estuprador a pena é no máximo de 10 anos. Esse PL também é chamado de gravidez infantil pois afetaria drasticamente as meninas que demoram para entender os abusos cometidos contra elas e em perceber uma gestação. E ainda existe a demora da própria concessão do direito ao aborto legal. Daí 22 semanas já se passaram e meninas estupradas serão obrigadas a serem mães.

É um retrocesso gigante tirar esse que é um direito humano de meninas e mulheres. É mais um ataque misógino. A luta das mulheres nunca tem fim e somos sempre obrigadas a retroceder nas pautas. Nos negam a dignidade e atacam nossos direitos com o intuito de retirar de nós tudo que conquistamos a árduas lutas.

Vamos ocupar as ruas!

Criança não é mãe!
Estuprador não é pai!
Aborto Legal é um direito!
Nem Presas Nem Mortas!

Ato unificado e nacional. Aqui em Porto Alegre o ato terá concentração na esquina democrática às 17h – hoje 14 de junho.

Câmara está para votar urgência de projeto que equipara aborto a homicídio

Está para ser votado no congresso a urgência de tramitação do PL 1904/2024 do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

O Projeto conhecido como da gravidez infantil simplesmente considera o aborto realizado após 22 semanas de gestação crime de homicídio com penas de até 20 anos de prisão, mesmo nos casos de gravidez resultante de estupro. Isso afetaria implacavelmente as meninas vítimas de estupro pois tanto os ciclos de abuso perpetrados contra elas como a gravidez demoram mais tempo para serem identificados do que em mulheres adultas.

Esse PL 1904/2024 aumentaria ainda mais a situação brutal de meninas e mulheres serem forçadas a clandestinidade. O aborto inseguro já acontece no país que pune a maioria dos casos, tendo como consequência sequelas na saúde e mortes de meninas e mulheres. Isso sem falarmos nos problemas psicológicos devido a estigmas e tabus.

É um absurdo isso estar em pauta é misoginia escancarada querer transformar o aborto em homicídio. Legalizar o aborto é um direito humano das mulheres. Parem de atacar os nossos direitos!

Criança não é mãe!
Pelas vidas de meninas e mulheres!
Vivas nos queremos!

Projeção no centro de Porto Alegre pela descriminalização de mulheres e legalização do aborto no ano de 2021. Mais imagens dessa ação aqui

Abismo sem fim de absurdos ininterruptos

Cronologia do dilúvio: vamos sucatear para privatizar. Inundação. Agora eles se ferraram a inundação chegou antes, pensou. Não, agora eles vão provar que precisa privatizar. Por quê começaram a falar do Katrina? ‘nossa dizem que é tipo o katrina’. Dois motivos. O Melo contratou empresa de consultoria que atuou naquela tragédia. Finalidade? Talvez isentar a prefeitura de responsabilidade sobre a tragédia e culpabilizar o Dmae – sucateado – para privatizar. Lá nos eua a empresa foi responsável por administração em escolas públicas fazendo alunos pagarem parte das bolsas de estudo. O outro motivo – o Furacão Katrina é a única tragédia que vem na mente de nós povo colonizado que faz vista grossa para cataclismos noutros cantos do mundo.

Seguindo a cronologia da desgraça- bombas de escoamento para fora da cidade não funcionaram, depois só parcialmente, agora depois de quase um mês só 11 das 23 estão funcionando, e nem todas operando fullspeed motorhead! Ponham o lixo na rua para coleta! Com lixo entenda-se vidas das pessoas, pois eram coisas fundamentais ou ganha pão ou alegria de viver! Daí cai A água e “o lixo” entope os bueiros. Na próxima coletiva o prefeito diz que não sabia que horas ia chover!! Nas suas próprias palavras o ‘climatempo’ é falho não deu a hora exata da chuva! Não se desculpa por nada e ainda culpa todo o resto dos profissionais tudo. Daí abre a comporta pra escoar a água. Como a comporta que protege a cidade de enchentes foi aberta? Arrancada como eram os portões medievais por inimigos! Mas nem fechadas completamente estavam. Pra quê fechar? Agora fecha a enchente avançou! Mas a porta sumiu bota saco de areia.

Essa cronologia tá desordenada porque é assim mesmo que aconteceu.Vamos de improviso porque planejamento não é com nós da prefeitura nem do Estado. Improviso é valido pra mim com balde na goteira da sala, não para governantes acharem que podem colocar caminhão do exército encostado na comporta pra ela não voar! Mas cadê caminhão? Não chegou a tempo! Hahaha isso é a definição de rir da desgraça alheia? Vamos reconstruir o Rio Grande dar suporte pras famílias com Auxílio Reconstrução. Não vai dá porque a prefeitura esqueceu de cadastrar os moradores.

Rabisco com hidrocor e esferográfica numa foto de revista que fiz a mais de dez anos atrás. Uma cidade e um abismo profundo. Nem eu poderia imaginar que caberia perfeitamente numa realidade futura. Segue chovendo sem parar em Porto Alegre, alguns bairros completamente alagados sem previsão de quando vai escoar a água. A cidade está devastada. Ruas vazias, cheias de entulhos, lama, peixes mortos, garças nas avenidas comendo os peixes, tartarugas mortas, mal cheiro. Crise sanitária com pessoas ficando doentes. Uma prefeitura e um Governo ineptos.

Sucateamento Privatização Capitalismo neoliberal Negacionismo climático Necropolítica Malcaratismo Incompetência.

[Fazendo um mês da maior tragédia climática do Rio Grande do Sul. Até agora 169 pessoas morreram, 50 estão desaparecidas, mais de 800 feridas. São 2,3 milhões de pessoas afetadas em 471 cidades. Há mais de meio milhão de desalojados. Mais de 82 mil pessoas foram resgatadas e mais de 12 mil animais resgatados.]

Mulheres e crianças são vítimas de violências sexuais nos abrigos para desalojados

Várias denuncias surgiram nos últimos dias de homens cometendo violência e importunação sexual contra mulheres e crianças nos abrigos para pessoas desalojadas devido as enchentes que atingem o Rio Grande do Sul.

As mulheres relatam que estão sentindo medo ao dormir, ao usar o banheiro e que determinadas “investidas” dos homens não são tipificadas como crimes mas as deixam desconfortáveis.

Os abrigos refletem o que acontece na sociedade, o patriarcado não fica de fora.

Felizmente mulheres estão fazendo uma força tarefa e criando abrigos exclusivos para mulheres e crianças.
Alguns deles são:

  • Casa de Mulheres Mirabal – Rua Souza Reis 132, Porto Alegre.
  • Abrigo da Juca – Av. Juca Batista 5163, Porto Alegre.
  • ACM Cruzeiro do Sul – Rua Cruzeiro do Sul 2702 e 2704, Porto Alegre. Com capacidade para 30 mulheres com seus filhos e pets.
  • Abrigo Alvorada – Bento Martins 457, Alvorada. Buscam mulheres e seus filhos em toda região.
  • Abrigo Canoas – Venâncio Aires 2400 Bairro Niterói, Canoas.

Porto Alegre Inundada Porto Alegre Sitiada

Porto Alegre inundada
Porto Alegre sitiada

Os proclamados governantes venderam o que puderam e sucatearam o que ainda não conseguiram vender. O secretário da pasta de proteção à vulnerabilidade social e comunitária pediu exoneração do cargo para uma viagem de férias a Europa em meio a maior enchente da história do estado. Pessoas abandonando suas casas, lutando por sobrevivência, em vulnerabilidade extrema. Ele sai de férias a população fica ilhada. Sem água, sem luz. Muitas dependendo de doações para seguirem vivendo.

Famílias desabrigadas que perderam tudo que se perderam nas águas deixando alguém com saudade e dor.

A enchente alcança o pé da nossa rua e estamos salvos por uma lomba. Me coloco no modo racional diariamente se minha mente vagar começo a pensar que algo pior pode acontecer e a água subir descontroladamente. Faço esse exercício todos os dias para que minha mente mantenha o controle e eu possa cuidar de quem precisa de mim. Não podemos reclamar ao ver ao nosso redor tanta gente em situação que palavras não existem para descrever.

O sistema de bombeamento de água para fora da cidade é de uma tecnologia dos anos 50, 60 e 70, criado depois da última grande enchente de 1941. A enchente de agora a supera. As bombas estão em áreas que alagaram. Precisa-se de uma engenharia atual para realocação dessas bombas. As comportas de contenção de água na cidade estão a 6 anos sem manutenção, o sistema é manual porque a estrutura foi roubada e nunca reposta. Claro que no nível da enchente as comportas não teriam dado conta, mas é um sistema de contenção abandonado. O descaso esta aí pra todo mundo ver.

A bancada ruralista no Congresso Nacional procura reduzir cada vez mais as áreas de proteção ambiental. As matas ciliares que se encontram às margens dos rios têm papel de controle de enchentes mas estão sempre na mira do agronegócio. O governador do Estado flexibilizou regras ambientais ao reformular o Código do Meio Ambiente do RGS favorecendo apenas interesses capitalistas.

Mas a força das pessoas se reafirma a cada dia.
Hoje é o primeiro dia que vimos o recuo da água.
O rio esta baixando, o sol apareceu. A espera continua. Nos vingaremos.

9 de maio 2024 centro histórico de Porto Alegre

[No dia 1º de maio de 2024 começaram as enchentes no Vale do Taquari e região. No dia 2 foi feita a medição do rio Taquari que passou de 30 metros de altura o maior nível registrado da história. Moradores tiveram que sair as pressas de suas casas. No dia 2 Porto Alegre começa a alagar com o rio Guaíba igualmente ultrapassando níveis históricos. O que acontece nos dias que se sucedem é uma enchente sem precedentes que já superou a grande enchente de 1941.]

8 de março – Nem Sujeição Nem Apatia!

Letra do som Nem Sujeição Nem Apatia da banda No Rest que sou vocalista.
Faixa da coletânea Inflamar lançada no final de 2019. Ouça a faixa aqui.

[Notícia] Feministas Radicais Espanholas Reuniram 7000 Mulheres nas Ruas de Madri

Fonte: https://4w.pub/

[em tradução livre]

Mulheres de toda Espanha se reuniram em Madri no dia 23 de outubro para protestar contra a violência masculina, a indústria do tráfico sexual, gestação por substituição (barriga de aluguel), e leis de auto identificação de gênero, incluindo o projeto de lei “Ley Trans”, apresentado pelo Ministério da Igualdade que favorece as políticas de identidade de gênero. O lema da manifestação foi “O Futuro de Todas” e teve início ao meio dia na Plaza de Neptuno em Madri, reunindo 7000 mulheres para a surpresa das organizadoras. A manifestação foi organizada pelo grupo “La Fuerza de Las Mujeres” que também divulgou um manifesto. O documento fala sobre a opressão ser baseada no sexo, reivindica por reformas nas leis para a abolição da prostituição e pornografia, e pela revogação de leis que facilitam a indústria da barriga de aluguel. Também defende que termos como “pessoa grávida”, “pessoas que menstruam”, “mulheres cis”, “gestação de substituição”e “trabalhadoras sexuais” são formas de “uma nova linguagem de apagamento das mulheres”, que não é tolerável numa democracia – nas palavras delas. O manifesto é assinado por 170 organizações feministas de toda Espanha. O país é o terceiro maior mercado de tráfico sexual no mundo ficando atrás apenas da Tailândia e Porto Rico. O tráfico sexual doméstico espanhol lucra 26,5 bilhões de dólares por ano. E muitas das mulheres no tráfico sexual são mulheres imigrantes.

A Organização La Fuerza de Las Mujeres não está atrelada a partidos políticos e é financiada por mulheres. Leia a matéria na íntegra que contém uma entrevista com as organizadoras voluntárias da Manifestação de 23 de Outubro, Lucia, Sonia e Maria.

matéria na íntegra que contém a entrevista [em inglês]

25 de Novembro Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher

Os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra à Mulher tem início internacionalmente no dia 25 de Novembro – Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher. No Brasil a Campanha começa em 20 de novembro, no dia da Consciência Negra, para apontar as dificuldades das mulheres negras num sistema patriarcal e racista. Eu acho importante frisar que a escolha pelos 21 dias de campanha no lugar de 16, existe para ressaltar a intersecção das opressões das mulheres negras. Porém algumas vezes nos deparamos com uma tendência de diluir a data feminista ao não dar a devida relevância para as violências perpetradas pelos homens contra as mulheres.


O Comitê da Campanha em Defesa da Vida das Mulheres informa:

No dia 25 de novembro, Dia Internacional de Luta contra a Violência à Mulher, as feministas de Porto Alegre ocuparão as ruas em luta em defesa das nossas vidas e pelo fim de qualquer forma de violência contra nós, mulheres, sejam elas de ordem física, sexual, política, econômica, institucional, psicológica ou moral, pelas quais buscam diariamente nos submeter. Sabemos que este estado de coisas só será superado com o fim do capitalismo patriarcal racista. No caminho de sua superação, é preciso fortalecer políticas de combate à violência e os instrumentos de proteção às nossas vidas. Inclusive para que possamos seguir avançando em nossa atuação e organização contra esta sociedade que nos violenta, agride, explora e oprime diariamente.Venha se somar ao ato unificado de luta contra a violência à mulher. Em defesa das nossas vidas, nenhuma mulher a menos!

Aqui está o cronograma das atividades feitas por grupos de mulheres de diferentes vertentes políticas que não necessariamente concordam entre si:

Leia mais sobre o 25 de Novembro:

Pela descriminalização de mulheres e legalização do aborto – ações pela cidade de Porto Alegre

Projeções ontem à noite no centro de Porto Alegre. Pelas vidas de meninas e mulheres.

Marcando o 28 de Setembro – Dia Latino Americano e Caribenho Pela Descriminalização do Aborto

Mais projeções como esta você pode conferir aqui, uma ação que se iniciou e foi construida para a mesma data no ano passado

Só seremos livres enquanto todas formos livres

28 de Setembro Dia Latino Americano e Caribenho pela Descriminalização do Aborto – Atividades em POA

Hoje estaremos marcando presença nesta data fundamental pelos direitos humanos das mulheres. A criminalização das mulheres que abortam tem consequências sérias e atingem a vida das mulheres de forma categórica, autoritária, drástica e muitas vezes trágica. São mulheres que são forçadas a manter uma gestação numa sociedade que não promove educação sexual, e que pouco se importa com a saúde e a segurança de meninas e mulheres. A agenda anti-direitos fala na vida desde a concepção enquanto despreza a vida de milhões de mulheres que morrem devido ao aborto ilegal.

Neste 28 de Setembro estaremos fazendo panfletagem no Largo Zumbi e teremos o Carro do Óvulo circulando na área central da cidade.

Qualquer mulher pode fazer parte da Frente Pela Legalização do Aborto RS. A FrePLA é uma frente composta por mulheres de diferentes coletivos, organizações, sindicatos e por aquelas que não estão organizadas em grupos específicos.

  • 28/09 às 17h no Largo Zumbi
  • Venha de máscara e cuide o distanciamento! Estaremos ligadas e monitorando a segurança de todas em todos aspectos.

28/05 Dia Nacional pela Redução da Mortalidade Materna – por FrePLA

Por Frente Pela Legalização do Aborto RS para este dia de combate a mortalidade materna:

O Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna é uma data de conscientização de um tema sempre relevante à vida das mulheres, principalmente em tempos de pandemia.

A mortalidade materna é definida quando a morte da mulher ocorre durante a gestação, o parto ou no período de 42 dias após término da gravidez, por causas relacionadas a esse período. De acordo com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), no Brasil, de 1996 a 2018, foram registrados 38.919 óbitos maternos, sendo que cerca de 67% decorreram de causas obstétricas diretas, ou seja, complicações obstétricas durante gravidez, parto ou puerpério devido a intervenções desnecessárias, omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia de eventos resultantes de qualquer dessas causas.

Em média, ocorreram 1.176 óbitos maternos diretos e 465 óbitos maternos indiretos por ano. Mulheres negras e pardas totalizaram 65% dos óbitos maternos, enquanto mulheres que não vivem em união conjugal representaram 50% dessas mortes. Apesar de a escolaridade ter sido ignorada em 13% dos registros de óbitos maternos do SIM, mulheres de baixa escolaridade (menos de 8 anos de estudo) corresponderam a 33% dos casos.

Atualmente, as falhas na gestão da saúde pública, somadas à falta de acesso à informação dos procedimentos legais, e ao agravamento da contaminação pelo COVID-19, deixam mulheres em risco durante a gravidez e o pós-parto. As mais atingidas, geralmente, são aquelas mais vulneráveis, seja por questões econômicas ou sociais. Ainda, segundo o Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 (OOBr Covid-19), o número de mortes maternas por infecções respiratórias e outras complicações triplicou em 2021, em relação à média semanal de 2020.

O Código Penal Brasileiro, embora defina o aborto como crime, permite a sua realização, em caráter de exceção, nos seguintes casos:
a) Para salvar a vida da mulher gestante, quando a gravidez resultar em risco à sua vida. É chamado de aborto necessário pela legislação.
b) Quando a gravidez resulta de estupro.

Apesar disso, ainda são poucas mulheres e meninas que têm acesso a esse recurso. Muitas passam por constrangimentos moralistas, e sem acolhimento adequado, acabam desistindo do procedimento legal, optando por métodos clandestinos, ou escolhendo a continuidade com a gravidez, mesmo quando representa um risco à sua própria vida.

As mulheres não devem ser condenadas à morte! O acesso à informação sobre o direito e o acesso aos serviços de aborto legal e a ampliação da legislação para descriminalizar a prática de aborto e legalizar o procedimento em todos os casos são medidas essenciais para salvar as vidas das mulheres!


A FrePLa é composta por mulheres que atuam em outras frentes. Procuramos trabalhar no que é consenso entre nós para garantir os direitos reprodutivos e sexuais das mulheres. Lutamos pela legalização do aborto e pela descriminalização de mulheres. Eu frequentemente posto aqui no blog muitas das ações e textos que construímos com o intuito de propagar informação feminista e atividades que desenvolvemos. A FrePLA está nas redes sociais como @freplars.