Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres – 25 de Novembro

O dia 25 de Novembro foi escolhido como o Dia Internacional de Combate a Violência Contra a Mulher em homenagem as irmãs Mirabal. Conhecidas como “Las Mariposas”, Patria, Minerva e María Tereza foram brutalmente assassinadas em 1960 por combaterem fortemente a ditadura de Rafael Leônidas Trujillo na República Dominicana. Nesta data também se incia a Campanha dos 16 dias pelo Fim da Violência Contra as Mulheres que dura até 10 de dezembro. O 25 de Novembro compõe o calendário de lutas feminista, e tem como propósito alertar sobre as violências cometidas contra as mulheres.

Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2019, 1.206 mulheres brasileiras foram assassinadas em 2018. Houve um aumento de feminicídios de 11,3% em relação ao ano de 2017. Em 88,8 % dos casos o agressor foi companheiro ou ex companheiro, a violência contra as mulheres é misógina e é masculina. Os dados mostram que, em 2018, 66.041 casos de violência sexual foram registrados. Isso equivale a 180 estupros por dia, representando um aumento de 4,1% com relação à 2017. E ainda 263.067 casos de lesão corporal dolosa, isso representa 1 registro a cada 2 minutos.

Com a pandemia do Coronavírus as violências contra as mulheres aumentaram devido a maior convivência com os agressores por razão do confinamento. A dificuldade das mulheres de procurarem e conseguirem ajuda durante o isolamento e a sensação de impunidade que os homens sentem com o próprio isolamento, são fatores que agravam. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) destaca que os casos de feminicídio cresceram 22,2%, entre março e abril deste ano (2020) em 12 estados do país, comparando ao ano de 2019. O Rio Grande do Sul é um deles. O Brasil está em 5º lugar no ranking de feminicídios dentre 83 países, perdendo apenas para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia. Com a pandemia houve um aumento de violências contra as mulheres e também de subnotificação, devido a dificuldade de locomoção e o fechamento de locais de atendimento públicos.

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25/Nov – Dia Internacional Pela Não Violência Contra à Mulher

Dia 25 de novembro é dia Internacional
Pela Não Violência Contra à Mulher.

Seguem alguns dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e informações que fazem parte da divulgação da atividade proposta pelo Comitê da Campanha em Defesa das Mulheres em porto Alegre:

[Em cada 10 feminicídios ocorridos no Brasil, 1 é cometido no Rio Grande do Sul;
Segundo pesquisa do Datafolha para a ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no último ano 1,6 milhões de mulheres foram espancadas ou sofreram tentativas de estrangulamento e em torno de 22 milhões foram assediadas, no Brasil;
Entre 2017 e 2018, os casos de violência contra as mulheres aumentaram em mais de 40% no RS;
No entanto, dos 496 municípios do Rio Grande do Sul somente 22 contam com Delegacia Especializada no atendimento à Mulher;
Porto Alegre, a capital do Estado, que deveria contar com 5 delegacias, tem apenas 1;
Em Novo Hamburgo, a Del. Especializada no Atendimento à Mulher, foi transformada em delegacia de vulneráveis.]

Cartaz de divulgação do Comitê, que convida para uma assembleia na esquina democrática às 15h, seguida de um ato com concentração às 17h:

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Incluindo aqui os dados do Fórum referente a violência sexual que registraram 66 mil casos em 2018 no Brasil, são mais de 180 casos de estupro por dia – que se tem conhecimento. Segundo a pesquisa, apenas 7,5 % das vítimas notificam a polícia. Assustador e desolador.

Feminicídio, espancamento, tentativa de estrangulamento, assédio, abuso, violência sexual, são violências cometidas por homens contra nós mulheres, violências que estamos constantemente sob ameaça. Isto atinge profundamente quem somos, e como encaramos nosso dia a dia para nos mantermos vivas.

O dia 25 de Novembro marca o combate a violência contra à mulher. A nossa oposição e luta contra as violências que o patriarcado endossa contra nós mulheres, é crucial para a nossa libertação.

Dia Internacional da Não Violência Contra à Mulher – [ Sobre o Feminicídio]

“O feminicídio é a instância última de controle da mulher pelo homem: o controle da vida e da morte. Ele se expressa como afirmação irrestrita de posse, igualando a mulher a um objeto, quando cometido por parceiro ou ex-parceiro; como subjugação da intimidade e da sexualidade da mulher, por meio da violência sexual associada ao assassinato; como destruição da identidade da mulher, pela mutilação ou desfiguração de seu corpo; como aviltamento da dignidade da mulher, submetendo-a a tortura ou a tratamento cruel ou degradante.”
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre Violência contra a Mulher

O número de feminicídios cresce no Brasil, em relação a 2016 o ano de 2017 teve um aumento de 6,5 % de mulheres assassinadas, chegando a uma média de 12 mulheres assassinadas por dia, ou, a cada duas horas uma mulher é assassinada no país.

Feminicídio é um crime de ódio às mulheres. No Brasil o cenário mais preocupante é do feminicídio cometido por parceiro ou ex parceiro. Geralmente o feminicídio é premeditado e precede a um padrão de violência aterrador, por isso em muitos casos ele poderia ser evitado. Infelizmente muitas mulheres não conseguem evitar de serem mortas ou obter ajuda, e ainda que procurem, mesmo por meios legais, tem suas denúncias ignoradas, ou tratadas sem a devida importância e urgência. No patriarcado as reivindicações das mulheres são comumente descartadas. Assim como suas vidas.

Dia Internacional da Não Violência Contra à Mulher – [Sobre a Violência Obstétrica]

A violência obstétrica pode ser verbal ou física. A cada 4 mulheres 1 sofre deste tipo de violência no Brasil.

Agressões verbais, maus-tratos, humilhação, xingamentos, coibição e ameaças por parte do profissional da saúde. Negar atendimento, negar ou não oferecer algum alívio para a dor. Intervenções ou procedimentos desnecessários como o exame de toque a todo instante e a episiotomia – corte entre a vagina e o ânus para “facilitar” a passagem do bebê – que pode causar infecção, muitas dores e atrasar o processo de recuperação pós-parto. Cesáreas desnecessárias aumentando os riscos para a saúde da mulher e tornando a recuperação mais difícil. Não informar a mulher sobre algum procedimento médico que será realizado. Privar a mulher de ter um acompanhante na hora do parto, coisa que é garantida por lei, podendo ser qualquer pessoa que a mulher escolher, não necessariamente um marido.

Esses são alguns exemplos dessa violência, a lista é maior.

A dependência da mulher dos profissionais da saúde para que seja realizado o parto, situação que é agravada quando a dor é presente, a coloca numa posição de vulnerabilidade, e ela não tem muito como impedir as agressões.

Dia Internacional da Não Violência Contra à Mulher – [Sobre a Violência Sexual]

Em 2017 foram registrados 60.018 casos de estupro no Brasil, isso dá uma média de 164 estupros por dia. Porém sabemos que os dados são subnotificados. Existem muitas razões para isso. As mulheres além de sofrerem violências sexuais, são ameaçadas de mais violências ou morte caso denunciem seus agressores. Muitas mulheres por razões econômicas ou afetivas não podem denunciar nem se afastar de seus agressores. Também é muito frequente que as mulheres sejam acusadas de terem causado ou facilitado a violência. A triste e cruel realidade, é que na maioria das vezes as pessoas questionam as mulheres violentadas, procurando achar justificativas que absolvam os perpetradores enquanto culpabilizam a vítima. Sempre se pergunta do porquê a mulher estava tarde ou sozinha na rua, insinua-se que sua roupa era provocativa, ou que o seu comportamento não foi apropriado. Mas as mulheres são estupradas a qualquer hora do dia, independente de suas roupas ou aparência, por homens estranhos ou conhecidos. Todos estes questionamentos demonstram de forma bem definida em como funciona a opressão do patriarcado. Enquanto as mulheres são questionadas e culpabilizadas, os homens são perdoados pelas violências que eles cometem. É comum dizerem “ela estava muito bêbada e pediu por isso”, “sabia que isso aconteceria”, enquanto o agressor é desculpado exatamente pela mesma razão, “ele estava muito bêbado não sabia o que estava fazendo”. Lembrando ainda que os homens podem beber e se comportar como quiserem sem que exista esta ameaça, sem que seus corpos e integridade sejam atacados como os nossos, lhes concedendo uma liberdade muito maior de ir e vir e de ser.

Uma outra face dessa realidade, nem sempre lembrada, é a de que muitas vezes o estupro e os abusos não são assim considerados. Isso é muito comum entre casais, onde existe uma obrigação da mulher em satisfazer qualquer vontade de seu cônjuge, porque a mulher ainda é vista como propriedade do homem.

O estigma e a vergonha também são outras razões que impedem as mulheres de procurar ajuda. Isso é algo que só deixa nós mulheres ainda mais sozinhas para resolvermos o que faremos dali pra frente para não sermos atacadas novamente, contando apenas com nós mesmas para superarmos nossos traumas decorrentes desta violência brutal.

O estupro pode ter consequências físicas como doenças sexualmente transmissíveis, gravidez e traumatismos, ou decorrentes de outras agressões durante o ataque. As consequências psicológicas são imensuráveis e diversas, de fobias, depressão, transtorno pós traumático ao suicídio.

As marcas do estrupo acompanham uma mulher por toda a sua vida.

A culpa da violência sexual nunca é da vítima, mas de quem a comete.

 

Dia de Combate à Violência Contra à mulher – 25 de Novembro

Hoje estaremos ocupando o espaço público mais uma vez para denunciarmos as violências contra nós mulheres.Também será um espaço para debatermos a ofensiva fascista na atualidade. Haverá uma plenária aberta, estaremos dialogando com as pessoas e entregando panfletos. Algumas organizações e coletivos estarão com suas banquinhas divulgando materiais feministas.

25 de Novembro é Dia de Combate à violência Contra à mulher

Dia Internacional da Não Violência Contra à Mulher – 25 de Novembro

Em 1999, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o 25 de Novembro como o Dia Internacional da Não-Violência Contra à Mulher em homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa. Conhecidas como “Las Mariposas”, as irmãs foram brutalmente assassinadas neste dia do ano de 1960 pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, da República Dominicana. As três combatiam fortemente aquela ditadura e, infelizmente, pagaram com a própria vida.

Desde que se instituiu este dia, internacionalmente, movimentos feministas marcam a data para denunciar as violências cotidianas que são cometidas contra as mulheres, com o objetivo de mudar este quadro perverso através de conscientização da sociedade.

Neste ano de 2018 em Porto Alegre, várias organizações, sindicatos, coletivos e mulheres independentes unem as forças promovendo uma plenária para tratarmos sobre as violências e sobre a ofensiva fascista que assola o país. Esta ofensiva se mostrou em discurso e na execução de ataques, causando danos físicos e psicológicos e até mesmo a morte de pessoas pertencentes a minorias ou que levantaram sua voz contra essa pregação do ódio.


Nós mulheres temos estado na linha de frente contra o fascismo e os retrocessos que tentam impor no país com a retirada de direitos alcançados e impedimentos a novas conquistas. Nós bem sabemos o que é termos direitos negados, e as violências contra nós tem muitas faces.
O número de feminicídios cresce no Brasil, em relação a 2016 o ano de 2017 teve um aumento de 6,5 % de mulheres assassinadas, chegando a uma média de 12 mulheres assassinadas por dia, ou, a cada duas horas uma mulher é assassinada no país.
Lembrando que os dados são subnotificados. Houve um aumento de 54% de violências contra mulheres negras registrados entre os anos de 2003 e 2013 – as mulheres negras são as mais atingidas pelas violências. Nós mulheres somos vítimas da violência misógina em todas suas nuances e as mulheres lésbicas sofrem violências específicas. Segundo estatísticas as mulheres brancas não feminilizadas são as mais assassinadas 39%, seguidas das negras não feminilizadas 28% , negras feminilizadas 17%, brancas feminilizadas 15% e mulheres indígenas feminilizadas 1%. Também observa-se um maior número de lesbocídios entre as mais jovens entre 20 e 24 anos, seguidas das meninas até seus 19 anos.
A violência doméstica têm números assustadores e as mulheres são assassinadas por maridos, namorados ou familiares.

No ano passado foram registrados 60.018 casos de estupro, isso dá uma média de 164 estupros por dia. A violência obstétrica também tem números alarmantes e 1 a cada 4 mulheres já sofreu violência no parto. É estarrecedora a ausência de anestesias às mulheres negras.

São muitas as violências cometidas contra as mulheres, esses são alguns dados da nossa realidade aterradora. Ainda existem mulheres invisíveis. Rostos não vistos e vozes não ouvidas. Assim é com as mulheres indígenas e dos povos rons, sinti e calons (o que é conhecido como povo cigano). No Brasil a violência sobre elas é alarmante conforme seus relatos.

Nós mulheres sempre resistimos e assim seguiremos, porque a nossa luta é por uma sociedade justa e de direitos iguais a todas e todos.

Juntas somos mais fortes!

O machismo mata.
O feminismo não mata.

#EPelaVidaDasMulheres
#NenhumaAMenos
#MulheresContraOFascismo
#FeminismoERevolucao

Frente Pela Legalização do Aborto – RS

Dia Internacional de Combate à Violência Contra às Mulheres

Hoje, dia 25 de novembro é o DIA INTERNACIONAL DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES!
Estaremos presentes na esquina democrática, a partir das 11 horas, para manifestarmos nossa repúdio à violência contra as mulheres, que é sistemática e um sintoma da realidade patriarcal. Estamos falando de VIOLÊNCIA FISICA, VIOLÊNCIA VERBAL, ESTUPRO, VIOLÊNCIA-PELO-SEXO, etc. aplicados diariamente como instrumento de coação e dominio.

Já Basta!

NA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, A GENTE METE A COLHER!