As evidências científicas mostram que a melhor forma de conter o espalhamento do coronavírus são as medidas de isolamento e distanciamento social. Em virtude disso, cancelamos nossa reunião do mês de Março. Quando houver nova data, avisaremos.
Aviso da FrePLA sobre as atividades pelo 8 de Março organizadas por diversos grupos de mulheres.
Dia 9, na segunda – feira, a Frente Pela Legalização do Aborto RS, estará presente na frente do Mercado Público junto a vários outros grupos de mulheres à partir das 14h. Estaremos distribuindo panfletos e conversando com a comunidade.
levarei material da Ação Anti Sexista e estarei junto ao gazebo da FrePLA.
Retomando em fevereiro nossos encontros mensais para seguirmos construindo uma frente que luta pelos nossos direitos sexuais e reprodutivos. Estamos vivendo numa época de retirada dos direitos que conquistamos e de impedimento para os direitos que ainda não alcançamos. A retirada de direitos aumenta a violência e o sofrimento de mulheres.
Traga suas ideias e suas questões – participe da nossa primeira reunião do ano!
Dia 12 de Fevereiro quarta-feira às 18:30h no Coletivo Feminino Plural – Andrade Neves 159 conjs 84 e 85 Centro Histórico POA
Reunião exclusiva para mulheres
Aberta a todas interessadas, não precisa ter participado previamente das nossas reuniões.
No
mês passado saiu o split Inflamar, que reúne 4 bandas de vertentes
do crust nacional com vocalistas mulheres.
Atualmente
existem muitas bandas com mulheres tocando no chamado underground
brasileiro e mundial. Porém o meio ainda é bastante masculino, e
isso não se restringe ao fato de ter mais bandas com homens do que
com mulheres, mas das consequências que um espaço majoritariamente
composto por homens implica.
Porém, além de ser resultante das oportunidades diferentes entre mulheres e homens em todos os âmbitos, a participação das mulheres neste meio é ainda por cima abafada, e ficamos com a sensação de estarmos em menor número do que na realidade. Parecem ser coisas que se contrapõem, mas o patriarcado é cheio de armadilhas. A nossa realidade é de que é absolutamente fundamental apontarmos que tal cenário é composto por uma enorme maioria de homens, e que isso precisa ser mudado, ao mesmo tempo que é determinante lembrarmos da presença e dos feitos das mulheres neste mesmo cenário. O reconhecimento do que nós mulheres fazemos é pequeno, quando existe. Não falo do reconhecimento como a necessidade de inflar o ego, mas como um reconhecimento de um trabalho, de um esforço, de uma criação. Além de que o reconhecimento serve também para encorajar outras meninas e mulheres.
A
ideia de fazer um split com vocalistas mulheres surge justamente
disso.
É certo que o punk e suas ramificações aglutinam muitas pessoas que questionam os padrões impostos socialmente, pois é da sua “natureza”, da sua origem, e por isso mesmo nós mulheres também queremos dar nosso recado, contribuir, participar, contestar. Aprendi muita coisa, conheci e sigo conhecendo pessoas inspiradoras, interessantes e amigáveis desde que eu comecei a tocar. Mas obviamente que as dinâmicas presentes no patriarcado se reproduzem na cena musical underground e punk, porque é composta afinal de pessoas, que vivem numa sociedade onde a ordem é patriarcal. Esta ordem pela sua própria estrutura causa uma exclusão das mulheres, principalmente nos setores de participação mais ativa e não somente de público. O termo ‘somente’ não tá sendo usado como minimizador. Outra armadilha do patriarcado, é procurar fazer com que nossas reivindicações e conclusões se virem contra nós, ou sejam um motivo de competição entre nós mulheres. Então se você diz que é importante criar condições para que as mulheres sejam ativas, há quem te pergunte “o que você tem contra as mulheres passivas?”. Como feminista posso dizer que estou bastante calejada em ter minhas palavras distorcidas e também posso dizer que as pessoas são previsíveis no seu antifeminismo. O que de fato acontece e o que estou dizendo, são que todas as estruturas do patriarcado são de variadas maneiras impeditivas para que meninas e mulheres toquem, produzam, trabalhem de forma geral no meio, mas até mesmo que sejam o público, com as particularidades que isso envolve.
O patriarcado é um sistema de opressão rígido contra as mulheres, específico. E o enfrentamos já quando muito pequenas. Mas ninguém te apresenta o patriarcado, olá fulana a partir de agora você vai ter que viver com este cara aqui, o patriarcado. Ah, prazer, obrigada. Porém ele se impõe a você em diversas formas. Para muitas de nós de forma implacável. Eu lembro de ter questionamentos muito cedo. Poderia ser considerado algo como instinto, você não sabe bem o que tá acontecendo, mas sabe que estes caminhos que lhe estão sendo oferecidos, têm algo de errado com eles, e não parece favorável segui-los.
Questione. Não se cale ou sucumba ao curso que lhe apresentam. Torça, e lute se possível, para que todas um dia sejamos livres.
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Pra
motivar a vibe de luta segue a letra de uma das faixas gravadas pela
No Rest:
Nem Sujeição Nem Apatia
Todos diziam a ela pra se conter que seus sonhos eram muito altos pra uma menina mas não eram sonhos que ela tinha, o que ela queria era uma realidade menos atroz aquilo que é fácil pra um pode ser muito difícil pra uma tentaram de várias formas tirar sua dignidade nascia uma dor mas também uma busca por liberdade sua independência jamais será negociada palavras inúteis e motivos fúteis não têm vez para quem já sabe o que não quer pra quem pegou a dor e a fez sua companhia os pesares e os olhares de quem não quer compreender são o motor pra sua coragem e rebeldia que de sujeição é que não pensou em viver nem de apatia
capa do cd – ilustração por Marcelo Dod diagramação do encarte por Nata
O split Inflamar conta com as bandas Manger Cadavre?, No Rest, Vasen Käsi e Warkrust. Cada banda gravou duas faixas. Você pode encontrar os sons online e em CD.
As 4 vocalistas: acima à esquerda Aline rodrigues da No Rest; acima à direita Nata Nachthexen da Manger Cadavre?; abaixo à esquerda Anne da Warkrust e à sua direita Mars Martins da Vasen Käsi
“Un violador en tu camino” é uma intervenção criada e performada pela primeira vez por feministas de Valparaíso no Chile, para denunciar a violência contra as mulheres. A intervenção foi escrita e elaborada pelo coletivo feminista “Lastesis”, que tem como objetivo transformar as teses feministas em performances, e com isso abranger mais pessoas. No dia 25 de novembro, Dia Pela Não Violência Contra a Mulher, 2000 mulheres se reuniram para protestar na capital de Santiago com esta intervenção. Em poucos dias a intervenção foi traduzida em várias línguas, adaptada aos contextos locais, e repetida em diversas partes do mundo, como no México, Alemanha, Colômbia, Argentina, Bélgica, Inglaterra, França, Espanha, El Salvador, Estados Unidos, Paraguai, República Dominicana, e Uruguai. A razão por ter se se espalhado prontamente com tanta intensidade ao redor do mundo, é porque todas nós mulheres nos identificamos com o que retrata a performance, pois mostra a realidade das violências específicas contra nós. “No caminho” de casa, do trabalho ou escola, no transporte coletivo, nas ruas movimentadas ou afastadas, numa balada, e mesmo dentro de casa, nós mulheres somos constantemente ameaçadas com a violência dos homens.
Os protestos feministas pelo fim da
violência contra às mulheres, acontecem no Chile no meio das
manifestações contra o presidente, que duram mais de um mês. Já
foram contabilizadas quase 3 mil pessoas feridas e 23 mortos. “Un
violador en tu camino” é um verso criado em cima do slogan
policial chileno“Un amigo en tu camino”. Em outubro, feministas
denunciaram estupros e violências sexuais cometidas por policiais e
militares contra meninas e mulheres que estavam indo nos protestos.
Fechando os “16 Dias de Ativismo pelo
Fim da Violência Contra a Mulher”, aqui em porto Alegre a
intervenção também vai ser replicada.
No dia 7 de dezembro às 10h haverá o
ensaio atrás do Auditório Araújo Viana, e a intervenção acontece
no mesmo dia na frente do Largo Expedicionário às 11:30h.
Venha e convide suas amigas, irmãs e
companheiras
Segue a letra pra gente tentar decorar
até sábado!
O patriarcado é um juiz Que nos julga por nascer E nosso castigo É a violência que não vês
O patriarcado é um juiz Que nos julga por nascer E nosso castigo É a violência que se vê
Feminicídio Impunidade para os assassinos Pela agressão Pelo estupro, violação
E a culpa não era minha Nem onde estava, nem como vestia E a culpa não era minha, Nem onde estava, nem como vestia
E a culpa não era minha Nem onde estava, nem como vestia E a culpa não era minha, Nem onde estava, nem como vestia
O estuprador és tu O estuprador és tu
É a polícia Os juízes O estado O presidente
O estado opressor é um macho estuprador O estado opressor é um macho estuprador
O estuprador és tu O estuprador és tu
Marielle Presente O assassino dela é amigo do presidente
O estuprador és tu O estuprador és tu O estuprador és tu O estuprador és tu
——
A letra foi alterada no dia anterior da intervenção, e atualizada aqui dia 08.12
A Frente Pela Legalização do Aborto RS se reuniu dia 13 de novembro passado. Em função do blog ter sido hackeado não pude fazer a chamada para a reunião, mas fica aqui registrada. Esta foi a última reunião da FrePLA do ano, decisão tomada por todas as presentes. Voltamos com as reuniões organizativas em fevereiro de 2020 para seguirmos com o nosso calendário de lutas.
O Festival É Pela Vida das Mulheres é amanhã! Dia Latino Americano e Caribenho Pela Descriminalização do Aborto.
O Festival começa às 11h e vai até as 18:30, com muitas oficinas, rodas de conversa, apresentações artísticas e uma feira feminista! Terá ciranda durante todo o evento, proporcionando que as mulheres que cuidam de crianças possam participar, e a integração das crianças neste dia pela vida das mulheres!
A FrePLA Convida para o Festival pela descriminalização do aborto que acontece sábado dia 28.09 na Redenção:
Cronograma do Festival!! Olha que linda tá a nossa programação! Venha fazer parte deste grande encontro pela vida de todas nós! Nem uma a menos!
🌿11:00h Abertura do Festival É Pela Vida das Mulheres! Intervenção da Trupe Abre Asas e momento de encontro e organização
🌿11:00h Ciranda – Brincadeiras com cuidadora até as 18:30h
🌿11:30h Feira Feminista até às 18h
🌿12:00h Piquenique Coletivo – Traga seu lanche e compartilhe este momento com a gente!
🌿13:15h Capoeira – Treinel Fabi Grupo de Capoeira Angola Zimba
🌿13:30h Roda de Conversa: Saúde Mental da Mulher – Coletivo Virgínias/Ação Anti Fascista *
🌿13:30h Oficina de Malabares para crianças – Atividade da ciranda
🌿14:00h Oficina de bordado: Costurando Existências Tecendo Resistências – Ocupação Feminista *
🌿14:45h Apresentação Artística: Miss Beleza – Performance *
🌿15:00h Roda de Conversa: Direitos Reprodutivos e a Rede de Atendimento em Aborto Legal Porto Alegre – Fórum do Aborto Legal/ Themis *
🌿16:00h Apresentação Artística: Pantaleore – Núbia Quintana – Comédia de arte; Performance *
🌿16:15h Roda de Conversa: Deficiência, Reprodução Social e o Direito ao Aborto -Coletivo Feminista Helen Keller *
🌿17:00h Apresentação Artística: Levanta Favela – Performance *
🌿17:20h Apresentação Artística: Poetas Vivas-Intervenção Poética*
🌿17:40h Apresentação Artística: Arielle – Intervenção Poética *
🌿18:00h Apresentação Artística: Luisa Gonçalves – Música *
🌿18:15h Apresentação Artística: Não Mexe Comigo Que Eu Não Ando Só – Percussão e Performance *
*Atividade com tradutora interprete de libras
28 de Setembro – Dia Latino Americano e Caribenho Pela Descriminalização do Aborto