Dia Internacional de Combate à Violência Contra às Mulheres

Hoje, dia 25 de novembro é o DIA INTERNACIONAL DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES!
Estaremos presentes na esquina democrática, a partir das 11 horas, para manifestarmos nossa repúdio à violência contra as mulheres, que é sistemática e um sintoma da realidade patriarcal. Estamos falando de VIOLÊNCIA FISICA, VIOLÊNCIA VERBAL, ESTUPRO, VIOLÊNCIA-PELO-SEXO, etc. aplicados diariamente como instrumento de coação e dominio.

Já Basta!

NA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, A GENTE METE A COLHER!

1ª Feira do Livro Anarquista de PoA

Nos dias 5, 6 e 7 de novembro estará acontecendo, no Espaço Libertário Moinho Negro (Rua Marcilio Dias, 1463) a 1ª Feira do Livro Anarquista de Porto Alegre. Além da participação de diversas editoras anarquistas do Brasil, do Uruguai e da Argentina, haverá uma programação de música, oficinas, bate-papos e filmes. Venha conhecer o espaço e acrescentar com sua presença e participação!

A Ação Antisexista propõe no domingo um diálogo sobre as conexões entre anarquismo e feminismo. Existe anarquismo sem feminismo? Qual a importância dos princípios libertários para o feminismo contemporâneo?  E ainda o lançamento dos zines Nem Escravas Nem Musas #2 e Reajindo – Defesa pessoal para mulheres de todas as idades.

Programação da Feira:

Sexta- (5 de novembro)

*Abertura da Feira do Livro Anarquista
Horário: 19:00

*Espetáculo:
“O Homem Banda”, com Mauro Bruzza, da Cia. UmPédeDois

* Lançamento:
Dias de Guerra, Noites de Amor – Crimethinc e Zonas Autônomas – (vol. 2) – Hakim Bey, pela Editora Deriva

Sábado (6 de novembro)

*Oficina:
Costura de Livros sem frescura
Horário: 11h – 12:30
Proponente: Editora Deriva
Almoço Vegano
A partir das 13h

*Bate-papo:
Anarquismo e Geografia
Horário: 14:30 – 16:00
Convidado: Dilermano Cattaneo

*Bate-papo:
História pelos Anarquistas
Horário: 16:30 – 18:00
Convidado: Anderson Romário Pereira Corrêa

*Filme e bate-papo:
Ácratas
Horário: 19h

Domingo (7 de novembro)

*Oficina:
Stencil
Horário: 10:00
Proponente: Carol Flores

Almoço Vegano
A partir das 13h

*Bate-papo:
Anarcologia e Protopia
Horário: 14:30 – 16h
Convidado: Alt

*Bate-papo:
Política e Anarquismo
Horário: 16:30 – 18:00
Convidado: Bruno Lima Rocha

*Bate-papo:
Feminismo e Anarquismo
Horário: 18:30 – 20:00
Convidada: Ação Antisexista

Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta pela Descriminalização do Aborto!

O aborto é uma realidade. Ele vem sendo praticado por mulheres em todo o mundo e no Brasil não é diferente. A legislação brasileira proíbe o aborto taxando-o como crime contra a vida e prevê detenção que pode variar de 1 a 10 anos, porém sugere a não punição para os casos onde há risco de morte para a mãe ou quando a gravidez é resultado de estupro. Mesmo nesses casos a mulher tem que se submeter a lento e traumático processo judicial para requerer autorização de abortar ou não ficar submetida à punição. À maioria resta apenas o aborto ilegal, realizado em clinicas clandestinas ou auto-infligido com o auxílio de medicamentos ou outras formas ainda mais arriscadas. Independente de todas as barreiras o aborto segue sendo uma opção, independente do medo às punições do Estado, dos riscos à saúde, dos altos preços cobrados pelas clínicas clandestinas, da culpa moral/religiosa, etc. Anualmente estima-se que cerca de 1,5 milhões de mulheres se submetem ao aborto só no Brasil, e destas, 250 mil são internadas em hospitais da rede pública para realizar curetagem após a prática de aborto inseguro.

Até agora as tentativas para descriminalizar o aborto no Brasil sempre foram barradas pelos interesses dos políticos que julgam estar representando todas nós. Não somos ingênuas para acreditar que a real descriminalização do aborto possa ser concedida, esmolada. Mesmo que o aborto seja legalizado, as mulheres, principalmente as de classe mais baixa, estarão sujeitas ao sistema de saúde pública falho e aos moralismos, tabus e preconceitos tão profundamente encravados em nossa sociedade.

O 28 de setembro é marcado pelo Dia Latino-Americano e Caribenho de Luta pela Descriminalização do Aborto, que já completa duas décadas de história. E para marcar nossa luta aqui em Porto[dis]Alegre, estaremos reunidas na esquina democrática juntamente com Resistência Popular, Mulheres Livres e outros coletivos e indivíduos, a partir das 18h30. Junte-se a gente neste dia, nesta luta!

______________________________________________________ Atualização 02/10/10

Confira fotos do ato aqui.

______________________________________________________ Atualização 07/10/2010

baixe aqui o panfleto (frente)
e aqui o verso

Atividades de Agosto e Inicio de Setembro

Atividades das últimas semanas

O fim de agosto foi bastante movimentado. No dia 21 aconteceu o lançamento da Outra Campanha uma proposta inspirada na La Otra Campaña dos companheiros Zapatistas,  de construção de politica, combativa, em oposição ao circo eleitoral. A atividade também lembrou o 1º ano do assassinato de Elton Brum pela brigada militar.

Sábado, dia 28 teve o  1º Caracol Libertário, que juntou diversos grupos para discutir temas ligados a teoria e prática anarquista ou autônoma. Rolaram papos sobre as anarquistas Louise Michel e Juana Buela,  sobre as correntes anarquistas e o especifismo, uma perspectiva revolucionária do movimento socioambiental, exibição de filmes entre outras atividades. A Ação Antisexista puxou uma conversa sobre a relação entre anarquismo e feminismo, tentando trazer a tona a conexão intrínseca entre o poder do estado e o poder patriarcal; o poder do patrão, o poder do marido, o poder do pai.  Todas as conversas sobre feminismo, protagonismo da mulher e anti sexismo ficaram para o período da tarde, então houve uma continuidade no debate, mesmo assim o feminismo segue sofrendo ataques e velhos preconceitos ainda estão muito vivos…  as feministas continuam sendo acusadas de ‘dividirem’ o movimento e pra muitos as demandas feministas ainda devem ser mantidas em segundo plano e em muitos momentos nos sentimos atacadas e desvalidadas. Acredito que é especialmente polêmico por visibilizar as estruturas de poder e de privilégios presentes entre as pessoas – o que entre anarquistas não é diferente.

No dia 29 de Agosto é celebrado o DIA NACIONAL DA VISIBILIDADE LÉSBICA e aqui em Porto Alegre aconteceu a 4ª Marcha Lésbica. Pelo segundo ano consecutivo organizou-se um bloco autônomo que reuniu várias mulheres e coletivos.

O feriado de 7 de setembro parecia seguir normalmente: os militares marchavam, o público aplaudia ou era indiferente como todos os anos. Mas este ano vários coletivos se organizaram para uma caminhada na Borges de Medeiros, um pouco atrás do Grito dos Excluídos, e então mudamos a rota e nos aproximando do “desfile militar”. Rapidamente a Tropa de Choque formou um cordão de isolamento nos mantendo distantes, nos intimidando com armas não letais e letais. ali o pessoal do Levanta Favela apresentou uma esquete sobre a tortura durante a ditadura e hoje, provocando e chamando a atenção das pessoas que estavam por perto. Caminhamos um pouco mais em diversas direções e a esquete foi encenada em diferentes pontos ao longo da parada militar, sempre sob vigilância policial.

No momento a Ação Antisexista está na organização da 1ª Feira do Livro Anarquista de Porto Alegre, marcada para outubro, a intenção é fazer atividades feministas para mulheres na feira. Também em outubro  participo do Festival MorroStock, aonde vão rolar feiras de materiais independentes, um painel sobre mídia alternativa com a participação da rádio livre Antena Negra, da qual tenho programa Nem Escravas Nem Musas, e ainda no festival vou tocar com a minha banda Ferida no dia 15.

 

pensamento.sentimento. possibilidade mutável.

Feminismo é o sentimento e luta contra o que nos oprime, contra a idéia de que nós mulheres somos seres inferiores. Nunca me senti assim, nunca acreditei que meus pensamentos, vontades, necessidades e atitudes devessem ser limitados pela minha condição biológica.

Feminismo é a não limitação de si mesma e lutar para derrubar os muros erguidos pelo patriarcado, que se extendem em todas as esferas das nossas vidas de forma a nos subjugar, descriminar, objetificar nossos corpos, tirar nossa autonomia e auto-confiança, para que sejamos eternas escravas e dependentes dos que detêm e querem manter o poder.

Feminismo é a resposta a exploração e a violência física e psicológica das quais sofremos. É retomar o que nos é tirado todos os dias. Feminismo é libertação. Feminismo é liberdade.

Aline

Luta

Mais um dia 8 de março. E muitos virão. Pois a luta é inevitável e a realidade precisa ser alterada.
Mais um dia. Não para comemorar. Para resistir à opressão e lutar.

E cada rosto coberto, cada pulso erguido representa todas mulheres. Oprimidas, violentadas, descriminadas, ameaçadas, não ouvidas. Repudiamos o patriarcado, lutaremos até que nenhuma mulher seja subjugada. Lutamos porque essa é a nossa realidade, cruel. Porque é impossível seguir em falsa igualdade alcançada apenas no contexto capitalista de que hoje a mulher conquistou seu espaço. Primeiro porque isso não é a realidade de todas, nem em todos os setores de suas vidas. Segundo porque não queremos nos igualar aos conceitos opressores de uma sociedade baseada na competitividade e na falsa democracia.

Não queremos alternância de poder, queremos derrubá-lo. Acreditamos na autonomia, liberdade e horizontalidade.
Não vamos nos calar e manter a ordem, ao contrário seguiremos confrontando. Todos os dias, porque assim se faz necessário.